O projeto de extensão comunitário do MedEpiGen busca aproximar a ciência da comunidade escolar e conscientizar sobre saúde e bem-estar, com o envolvimento de estudantes, pais e professores. As principais atividades incluem diversas propostas socioeducativas, como o MicroMuseu, que se caracteriza como uma exposição de placas de Petri com microbiota intestinal a qual ensina a importância de manter uma microbiota saudável, além de demonstrar como hábitos ruins afetam a saúde mental e física. O Curso de Férias Cientistas do Futuro oferece a estudantes do ensino médio uma introdução às etapas da pesquisa básica, especialmente em prevenção de doenças como a síndrome metabólica, incentivando-os a seguir carreiras científicas. A terceira ação, a estação de jogo Genética, Digestão e Saúde: Ser Saudável Também é Gostoso, usa uma abordagem lúdica para explicar a predisposição genética a doenças metabólicas, promovendo o entendimento de como escolhas alimentares afetam a saúde. Complementando essas atividades, a palestra Neurociência e Educação é voltada para pais e professores, oferecendo reflexões sobre o sistema nervoso, memória e cognição, com o objetivo de aprimorar o engajamento educacional e abordar dificuldades de aprendizagem.

	O Micromuseu foi desenvolvido para promover a aproximação entre a ciência e a comunidade escolar de forma interativa e educativa. Com o apoio da equipe do Prof. Marcos Pileggi da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), essa atividade expõe placas de Petri resinadas contendo colônias da microbiota intestinal, permitindo que os alunos explorem de forma tangível a diversidade de micro-organismos que compõem o sistema digestivo. As placas são exibidas sobre um fundo iluminado por LEDs e podem ser manipuladas pelos estudantes enquanto escutam explicações sobre cada tipo de bactéria, sua função no organismo e os impactos negativos que ocorrem quando essa microbiota é desregulada por fatores como estresse, alimentação inadequada e sedentarismo. Além de ampliar o entendimento sobre a microbiota e sua relação com a saúde física e mental, o projeto de extensão também sensibiliza os alunos sobre como práticas diárias podem afetar a microbiota e, consequentemente, a saúde mental e cognitiva, chamando atenção para a importância de bons hábitos de vida. O Micromuseu se demonstra itinerante por meio de visitas a escolas de ensino fundamental e médio, criando um espaço para que aproximadamente 4000 alunos, de 20 escolas participantes, tenham acesso a essa experiência.
	O Curso de Férias “Cientistas do Futuro” é destinado a alunos do ensino médio de escolas públicas e tem como objetivo fomentar o interesse pela pesquisa científica básica. Oferecido em duas edições anuais, durante os meses de julho e dezembro de 2024 a 2026, o curso apresenta as etapas e práticas fundamentais da pesquisa básica, sempre com um enfoque na prevenção de doenças, particularmente a síndrome metabólica e suas comorbidades. Durante os cinco dias de curso, os alunos passam por uma imersão de 20 horas em conceitos de pesquisa translacional, com ênfase nas aplicações práticas e preventivas que a ciência pode oferecer para evitar doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas metabólicos. Ao final do projeto, espera-se ter impactado até 300 jovens cientistas, incentivando a formação de uma geração mais preparada e engajada no campo da pesquisa científica e da promoção da saúde.
	A atividade “Digestão e Saúde: Ser Saudável Também é Gostoso” é um jogo educativo que ensina de maneira lúdica e prática sobre a relação entre genética, alimentação e saúde digestiva. Dividida em cinco estações, a atividade leva os alunos a explorar temas como a propensão genética para doenças metabólicas e a influência de hábitos alimentares no desenvolvimento dessas condições. O jogo aborda quatro doenças específicas: síndrome metabólica, diabetes tipo 1, doença celíaca e câncer colorretal. No primeiro estágio, os alunos aprendem sobre regulação genética e microbiota intestinal, recebendo fichas com genótipos associados a riscos específicos para as doenças abordadas. Cada genótipo é representado por um termômetro que sinaliza o grau de risco. Nas estações subsequentes, são sorteados alimentos que aumentam ou não o risco das doenças, com o objetivo de percorrer todas as estações sem que o termômetro atinja níveis críticos. Essa atividade já foi apresentada em eventos acadêmicos e escolas, com um impacto estimado de 4000 alunos nas escolas envolvidas.
	O Projeto de extensão MedEpiGen 4P visa construir um painel de marcadores (epi)genéticos e metabólicos para detecção de stress crônico em crianças de escolas da rede pública de ensino. Os participantes respondem a um questionário de stress infantil validado para o Brasil, associado a níveis de cortisol salivar coletado em 3 momentos durante o dia. Crianças sob risco serão convidadas a serem acompanhadas por 12 anos, com consentimento dos pais. Nesse período, intervenções nutricionais, psicoterapia, musicoterapia e fisioterapia serão realizadas em cerca de 300 crianças para avaliar fatores de proteção e de risco, no intuito de formar uma estratégia de detecção precoce de stress crônico, visando intervenções mais céleres e eficazes para prevenir suas consequências, como o desenvolvimento de síndrome metabólica e transtornos mentais.